quinta-feira, janeiro 03, 2008

A cigarrilha da ASAE

Foi o excelentíssimo presidente da ASAE apanhado a fumar na madrugada do primeiro de Janeiro em grande pândega no Casino (do Estoril, presumo...). Escândalo, descrédito e afins. Em primeiro lugar cabe perguntar se esta lei entrava mesmo em vigor à meia-noite, e se assim for, se isso faz algum sentido. O cavalheiro em questão podia calmamente ter dito tal, pois não faz muito sentido tais entradas em vigor em data e hora tão imprópria. Podia ter dito que nem reparou nas horas, que perante tal abundância de caros charutos à sua volta se entusiasmou, esqueceu, desleixou ou uma qualquer outra desculpa, que seria perfeitamente aceitável. Mas não, a criatura ferida no seu orgulho avisou que os casinos estavam excluídos de tal legislação, ou pelo menos que tinha dúvidas. Pior a emenda que o soneto. Mas não ficamos por aqui, neste pequeno jardim há sempre um espertalhão que canta acima dos outros. Assim aparece um senhor que classificado como director do Casino afiança que tal zelo sanitário não se aplica na região autónoma do jogo. Mais afirma o senhor que dado o peso no seu sector no PIB pátrio, dada a sua especificidade legislativa e que os frequentadores do seu ilustre estabelecimento esmagavam em oitenta e cinco por cento de fumadores versus os outros e ainda assim são detentores dos mais avançados sistemas de circulação de ar, não faria sentido nenhum aplicar a famosa proibição a tais locais. Ou seja quem têm um Mercedes CLS 350 pode circular à velocidade que lhe dá na telha, o resto do pagode amocha nos cento e vinte que se lixa.

Espantosamente, o Dr. Francisco George não concorda. Suspeito que apenas para ser contra.

En passant, com dois dias de experiência diria que o ambiente melhorou francamente nos restaurantes onde se deixou de fumar. Advantage ASAE...

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