terça-feira, novembro 15, 2005

Presidenciais VI

Este deveria ter sido o post inicial desta série, mas um conjunto de factores empurrou-o para hoje. O meu candidato é Cavaco Silva. É facto que não aprecio especialmente o homem, mas é o único que me dá garantias de uma presidência serena e capaz de transmitir ao país a confiança necessária neste momento.
Vamos por partes, não é com alegria que vejo as candidaturas existentes. Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã não me interessam, um representa a pior demagogia de esquerda, o outro luta pela sobrevivência de um mundo que morreu à muito. Os restantes candidatos são, embora uns mais que outros, velhos actores da política portuguesa, e representam bem o tradicional e péssimo hábito de olhar sempre para trás. Mário Soares será, talvez o político português mais importante do séc. XX, com especial incidência no período pós-revolucionário, e a quem devemos a democracia que hoje temos, mas acho completamente ridículo querer voltar a ser presidente, até porque, e dado a quantidade de posições, de declarações que deu nos últimos anos tenho sérias dúvidas que tipo de presidente seria. Manuel Alegre…
(Um parágrafo à parte, Manuel Alegre é poeta, e um dos maiores de Portugal, poucas coisas existem neste mundo mais bonitas que a poesia, e só por isso um cantinho do meu coração vota nele… )

O meu voto em Cavaco Silva é uma questão racional, não simpatizo muito com o homem, como já disse, mas dos que estão no terreno será o que melhor poderá desempenhar essas funções.

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