Vale tudo?
Não percebi exactamente o que se passou ontem no parlamento, por isso admito que possa estar errado, no entanto existe um certo temor em confirmar as convicções que tenho. Um projecto de lei polémico dentro do próprio PS foi rejeitado por não existir quórum, que afinal era um erro electrónico (Já na faculdade os computadores é que tinham sempre a culpa), logo repete-se a votação, que naturalmente após andarem aos gritos pelos corredores do parlamento (dizem as más línguas…) lá foi aprovado para gáudio do politicamente correcto. A imagem do parlamento português não é das melhores, quer por culpa dos deputados, de hoje e de ontem, quer pela habitual inveja dos indígenas que acham que “aquilo é um poleiro”, mas estes episódios recentes, a somar a muitos outros anteriores, vieram atirar ainda mais lama. Mais do que as faltas, ou o aparente pouco trabalho, que muitas vezes tem explicações precisas que poucos estão dispostos a ouvir, este caso tem contornos mais graves e urge de uma cabal explicação, sob pena de ficar uma sombra de “chapelada”, numa matéria que deve ser de uma clareza cristalina, para além de se concordar ou não com a matéria em discussão. No tempo do Eng.º Guterres, quando da lei do aborto, o PS substituiu os deputados incómodos e fez aprovar o projecto de lei de novo, com as consequentes embrulhadas que se ainda hoje são visíveis. Agora parece querer tornar o caso mais rápido…
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