Metas da decadência mental
O estado lamentável que por vezes assume o debate político em Portugal leva-me, infelizmente cada vez com maior frequência, a evitar notícias de qualquer tipo. Não vejo televisão, não ouço rádio, não compro jornais. Não só tem aumentado a frequência, como principalmente estes períodos de ressaca da realidade aumentam no comprimento. Muitas vezes não é tanto não saber das coisas, mas como se o meu pobre e lento intelecto pura e simplesmente não reconheça a informação. Assim passou-me ao largo toda a polémica com a Fernanda Câncio e luminosas personagens do PSD. Certo que a senhora nem sempre é fácil, mas não é este o caso. Penso mesmo que talvez seja uma forma de defesa inconsciente contra o resvalar para a imbecilidade, ou para o terrorismo. Adiante. Creio que o dito episódio começou com um tal inho inho, porta-voz para assuntos da imprensa da bancada par(a)lamentar do maior partido da oposição. Título espantoso para aplicar ao actual PSD. Dispenso-me de descrições, já gente suficiente e sobretudo mais capaz falou e deixo esta amostra do diário digital. Uma das características apaixonantes desta gente que lidera o tal partido é a sua capacidade de, uma vez atingido o funda da escala, aparecer alguém com capacidade de a redefinir, acrescentando insuspeitas profundidades. E quem mais preparado para estes esforços senão o inefável Gomes da Silva. Lê-se e não se acredita. Uma criatura que sofreu um dos vexames mais extraordinários que tenho memória. Não foi tanto o Professor Marcelo lhe ter chamado estúpido - certo que com alguma elegância, mas a mensagem era clarinha – mas num espantoso e raro momento de génio televisivo, tê-lo demonstrado ao vivo e a cores, com um rigor académico frente a uma comissão qualquer. Eu rasgava a vestes, pegava num bordão e caminhava para o Ganges para não mais voltar. Ou pelos menos calava-me e seguia a minha vidinha sem dar nas vistas. Mas não. E francamente tenho medo de saber porquê.
Etiquetas: Ai Portugal, PSD
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