José Sócrates decidiu bem. O PS tem uma boa parte da responsabilidade nas trapalhadas que envolvem esta história, e faltar a mais uma promessa eleitoral não ajudava ao quadro. O primeiro passo em falso foi dado após o último chumbo no parlamento com a substituição de deputados "incómodos" e lá se aprovou de forma um bocado coxa. Seguiu-se o referendo com uma campanha histérica entregue aos extremos cujo desfecho contou, mas não contou...
Seguiu-se uma guerra PCP vs BE com recolhas de assinaturas, novo pedido de referendo, não posições do PSD (esta era espantosa...), etc. Finda a aventura Santana Lopes, JS defendeu novo referendo, até como defesa contra um recuo da legislação por outra maioria, o faz algum sentido, mas que penso que seria pouco provável.
Depois de eleito novo parlamento, o PS deu um tiro em cada pé com uma proposta de referendo que antecipadamente Jorge Sampaio tinha dado sinais de não simpatizar e depois com uma cambalhota constitucional cuja decisão parece ser mais política que jurídica.
É tempo de pausa, e de preparação para um referendo que acontecerá dentro de um ano (mais coisa, menos coisa...). Espero que a próxima campanha seja mais serena
Etiquetas: Aborto, PS