quinta-feira, outubro 26, 2006

Um ano

Pouca gente deu por isso. Ainda bem...

terça-feira, outubro 24, 2006

Darwin e os polacos

Esta notícia o Le Monde faz-me temer que existem mesmo polacos que se reproduzem pelo método descrito naquela anedota ordinária...

segunda-feira, outubro 23, 2006

O fantástico mundo dos homens casados

Segundo Ogden Nash...

What Almost Every Woman Knows Sooner or Later

Husbands are things that wives have to get used to putting up with.
And with whom they breakfast with and sup with.
They interfere with the discipline of nurseries,
And forget anniversaries,
And when they have been particularly remiss
They think they can cure everything with a great big kiss,
And when you tell them about something awful they have done they just
look unbearably patient and smile a superior smile,
And think, Oh she'll get over it after a while.
And they always drink cocktails faster than they can assimilate them,
And if you look in their direction they act as if they were martyrs and
you were trying to sacrifice, or immolate them,
And when it's a question of walking five miles to play golf they are very
energetic but if it's doing anything useful around the house they are
very lethargic,
And then they tell you that women are unreasonable and don't know
anything about logic,
And they never want to get up or go to bed at the same time as you do,
And when you perform some simple common or garden rite like putting
cold cream on your face or applying a touch of lipstick they seem to
think that you are up to some kind of black magic like a priestess of Voodoo.
And they are brave and calm and cool and collected about the ailments
of the person they have promised to honor and cherish,
But the minute they get a sniffle or a stomachache of their own, why
you'd think they were about to perish,
And when you are alone with them they ignore all the minor courtesies
and as for airs and graces, they uttlerly lack them,
But when there are a lot of people around they hand you so many chairs
and ashtrays and sandwiches and butter you with such bowings and
scrapings that you want to smack them.
Husbands are indeed an irritating form of life,
And yet through some quirk of Providence most of them are really very
deeply ensconced in the affection of their wife.

Ogden Nash

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Sobre o folclore gay

Eduardo Pitta, Da literatura...

quarta-feira, outubro 18, 2006

A escolinha do professor Moreira

O Professor Vital Moreira escreve coisas interessantes, coisas desinteressantes, umas certas outras erradas, às vezes há paciência, com frequência não, e por aí fora. O pior é quando o ilustre senhor pensa com aquela parte do cérebro que ficou emperrada no partido comunista. No artigo de ontem no Público - sem link (obrigadinho, ó Belmiro...) – e depois de considerações várias mais ou menos válidas, diz a páginas tantas a espantosa frase “...Mesmo quando autoritária, a esquerda é-o em nome de mais democracia.”. Eu gostava de saber o que é entende por “esquerda autoritária”, porque este discurso normalmente aponta sempre para um ponto do universo político que não existe, porque os exemplos do costume nunca são válidos, nunca são “verdadeiramente de esquerda”, o que quer que isso queira dizer. Não sei se por esse mundo fora existem mais ditaduras de esquerda ou de direita, suspeito mesmo que a maioria não cabe nestas definições (serão mais cleptocracias, teocracias, dementocracias e afins). A mim parece-me que as ditaduras não sendo todas iguais, nunca são boas. O autoritarismo nunca é um bom princípio, pode ser necessário ou útil em determinadas circunstâncias, mas afirmar que alguém, pouco me importa que seja de esquerda, de direita, da alta ou da baixa, é autoritário, mas com boas intenções – as tais de que o inferno está cheio – soa-me sempre ao discurso apologético com que se justificam os maiores crimes.

A greve

Hoje e amanhã os professores fazem greve. É um direito que lhes assiste, que de modo algum contesto ou ponho em causa. È uma das conquistas mais basilares da liberdade que nos trouxe o 25 de Abril, e por isso respeito a decisão dos professores em geral, e no caso particular, da professora dos meus filhos. Devido à greve não vou trabalhar ou na melhor das hipóteses trabalho a espaços em casa e como resultado imediato, para além de ter que entreter as crianças, perco dois dias de trabalho. Embora pertença à mal afamada corja dos recibos verdes -os tais que parece que declaram o ordenado mínimo, embora ganhem rios de dinheiro “por fora” - sendo pago à hora e, pese embora, já ter sido beneficiado pela generosidade da entidade empregadora em tempos de maior folga orçamental, na realidade não tenho direito a subsídios de férias, natal nem tenho os dias de férias pagos. Portanto, apesar da facilidade de ter um horário flexível, um “chefe” compreensivo e generoso quando pode, a realidade é que estes dois dias não me são pagos. Quanto muito serão recuperados em noites de trabalho, roubadas à família, à leitura, ao cinema ou simplesmente à preguiça. Mas reafirmo o que disse no início do texto, e estou disposto a este sacrifício para que os professores possam lutar pelo que julgam ser justo. Através das informações que passam pelos jornais, pelo contacto que tenho com alguns professores, a mobilização na manifestação do passado dia cinco de Outubro (e o gritante obscurecimento com que a RTP brindou o facto), parece-me que existem algumas razões válidas de protesto por parte dos professores. Mas aqui surgem dois problemas; primeiro, ninguém contesta a necessidade e urgência das várias reformas, desde que não comecem por nós; segundo, os sindicatos, e inevitavelmente os próprios professores, que durante os últimos trinta anos gritaram “fogo!” a torto e a direito, não podem esperar que agora os tomem demasiado a sério. Quem penou durante vários anos na linha de Sintra e transportes colectivos afins, ficou vacinado contra as greves sazonais, cujo resultado hoje traduz-se num conjunto de regalias salariais e outras fora do alcance da maioria dos restantes trabalhadores. O capital reivindicativo foi desbaratado pelos sindicatos em sucessivas acções, que embora com adesões reais muito variáveis, cansaram a generalidade da opinião pública para os protestos de qualquer classe laboral. Acrescento ainda que a pouca variação das personagens e do discurso torna tudo mais difícil. A maioria, que de uma forma ou de outra, também é afectado pela actual fúria reformadora, encara esta situação como mais uma greve, mais uma chatice, mais um dia sem aulas e, temo, mais apoio para às políticas do governo, pelo menos, nas que os não afectam...

segunda-feira, outubro 16, 2006

O abominável colunista das neves (II)

...obsessão venérea... O que eu não dava para me ter lembrado desta expressão antes.

segunda-feira, outubro 02, 2006

As a statement

Enviaram-me isto. Fizeram bem...
In this society where time is money, where efficiency, performance and just in time are the keywords, where Speedy Gonzales is king and where superficial one liners reign, I want to take the time to enjoy objects from an other age, calmly, peacefully. As a statement.
In this age where furniture comes in kits, where cars are assembled by robots, where cheeses and wines are no longer the result of the passion, the intuition and the craftmanship of artisans, I want to smoke a pipe that contains the soul of a fellow man. As a statement.
In these times of screaming colours, of neon signs and muzak, of flashy hypes and worthless gadgets, I want to caress the timeless lines of a perfect bulldog. As a statement.
I want to walk through town carrying a cane with a silver knob. I want to wear a Borsalino hat. I want to smoke a high grade pipe. As a statement.

Erwin Van Hove
Belgium, 2003