quarta-feira, novembro 28, 2007

O fantástico mundo dos homens casados

Nove anos. Ainda espantado por nunca ter encontrado cianeto na sopa...

Etiquetas:

segunda-feira, novembro 26, 2007

Métodos naturais de contracepção

segunda-feira, novembro 12, 2007

Por qué no te callas?



...são muito poucos, mas há dias em me sinto um bocadinho monárquico.

Etiquetas: ,

Iberia

foto: Stefano Rota

Para além da forma pouco ortodoxa de parar aviões, salta à vista a enorme urgência que a companhia espanhola tem em dar um jeito nas cores dos aviões...

Etiquetas:

sábado, novembro 10, 2007

O Lopes sociólogo.

Há gente que eu não percebo. Gente que é licenciada, mestrada, doutorada, MBAzada e afins, supostamente muito inteligente, orgulhosos militantes dos vários partidos da nossa democracia - sobretudo dos que são à séria – e depois dizem as mais espantosas inanidades. Um dos casos que sempre me espanta é o sociólogo Teixeira Lopes, eminente bloquista do norte. Já o ouvimos defender o chefe no indefensável, já o metralhou contra Rui Rio incansavelmente, já nos aborreceu quase ao nível de Luís Fazenda e outro dia nas páginas do Público, martelava os rankings e anunciava o caos. Claro que um terço do artigo é a cascar nas escolas católicas, e suspeito mesmo que é esse o principal motivo de regozijo entre o Grupo de Trabalho Esquerdelho-Mata-Frades. Mas o que me interessa é mesmo a questão da divulgação dos ditos rankings. O problema do senhor é que a classificação das escolas. Logo de entrada diz ao que vem, “Os rankings destroem a ideia de uma rede pública de educação porque criam um mercado educativo que concentra, num pólo, as escolas de “excelência” e noutro pólo, as escolas de “segunda ou “terceira” categoria”. Lindo. Diz mais, que os rankings são o diabo (se ele acreditasse no chifrudo), que são baseados nos resultados dos exames, que apresentam uma fortíssima correlação com as origens sócio-familiares, que os alunos das escolas fracas se sentem estigmatizados, que na Finlândia (sempre a Finlândia...) são proibidos. Não diz nada de outros países. Do alto da minha ignorância das ciências sociais, parece-me que os exames sendo iguais para todos os alunos são precisamente a melhor forma de comparação das diversas escolas, e uma ajuda preciosa para perceber e corrigir problemas. A comichão desta gente é os resultados serem divulgados e disponibilizados, pois se tudo se passasse no silêncio dos gabinetes tudo bem. Ou se tudo se passasse no silêncio dos gabinetes, talvez a indignação fosse pela sua não divulgação. Depois vem o discurso dos coitadinhos, dos excluídos, dos envergonhados, para os quais o remédio não passa por elevá-los ao nível dos outros mas em reduzir todos ao mínimo denominador comum. Tive em tempos um professor que dizia que o proletariado era um estado de espírito que se caracterizava, não por querer subir, mas por querer puxar os outros para baixo. Este discurso tem muito esta componente, e nem sequer perde muito tempo a ler o ranking, tirando a parte do cérebro GTEMF para cascar nos Jesuítas, Opus Dei e padralhada em geral. Nos últimos anos tem havido várias classificações, com critérios diferentes, e tem havido tratamento muito diversificados pela comunicação social. Admito que nem sempre sejam os mais correctos, que existam reportagens pouco sérias e até interesses à mistura, mas parece evidente que esta transparência é benéfica, quer para quem fica bem, quer para quem fica mal. Acresce ainda que da parte dos média existe sempre um grande destaque das escolas públicas, e em particular daqueles que obtêm resultados em circunstâncias mais adversas. Os colégios privados que lideram as tabelas, serão sempre favorecidos, seja pelas razões óbvias económicas, sociais, de meios seja pelo simples facto de poderem escolher quem lá entra. Curiosamente, são até um pouco desvalorizados nas reportagens. E mesmo as escolas públicas inseridas em meios mais favorecidos, vulgo burgueses para usar jargão um pouco em desuso, terão sempre resultados superiores a outras não tão afortunadas. Um exemplo, o melhor aluno numa escola de Bragança será diferente do melhor aluno de uma escola do centro de Lisboa. Um ensino público deve ser de qualidade e deve sê-lo em todas as vertentes. Não devia ser possível que uma escola no centro de Lisboa tenha umas instalações que a faz parecer um dos orfanatos onde Ceausescu amontoava deficientes. A escola pública só tem a ganhar se for comparada, e se dessa comparação, mesmo perdendo, saber explicar as diferenças. Que tem uma quantidade muitíssimo superior de alunos; que tem alunos que os particulares não querem; existem turmas maiores; ambientes menos controlados, mas também mais reais. A terrível assimetria litoral/interior também não se resolve varrendo o lixo para baixo do tapete, como muito bem diz o artigo, nem os colégios particulares no interior obtêm grandes resultados. Os problemas em cima da mesa são muito complexos e seria bom que os sucessivos governos, que brincam aos educadores do povo, algumas coisas se aprendessem com os colégios do topo da tabela, talvez algo como exigência e rigor. Eu acrescentaria um pouco de trabalho de grupo e capacidade para pensar pela própria cabeça. Leva tempo, muito tempo, mas talvez resulte.

Etiquetas: ,

Penetra

Fazendo-me convidado...

Seguindo uma corrente lógica que tem percorrido vários blogues, aqui a publicamos (regulamento e resultado)
regulamento:(editado)
1. Pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas – implica aleatoriedade, não tente escolher o livro;
2. Abra o livro na página 161;
3. Na referida página procurar a 5.ª frase completa;
4. Transcreva na íntegra para o seu blogue a frase encontrada;

"O que tinha sido impossível em 1991 tornou-se possível, quatro anos e dezenas de milhares de vidas mais tarde."

O que resta da esquerda? - Nick Cohen
Altheia, 2007

Etiquetas: ,

sexta-feira, novembro 09, 2007

Momento casamenteiro

Está visto que as eleições presidenciais francesas foram nefastas para os casamentos dos principais intervenientes. Quem sabe, não poderiam Ségo e Sarko chorar mágoas juntos...

Etiquetas:

quarta-feira, novembro 07, 2007

Um mundo limpinho e saudável.

O primeiro caso, o selo dos correios franceses com a imagem de Malraux, é um caso verídico de correcção imagética. Os outros serão uma questão de tempo...

Etiquetas:

terça-feira, novembro 06, 2007

Cenas rodoviárias nacionais

Quando escrevo desenrola-se a tragédia do autocarro na A-23. Pela manhã morreu uma criança vitima de um duplo atropelamento numa passadeira em Tires. Na sexta-feira passada três mulheres foram atropeladas quando passavam um semáforo que lhes estava verde. Duas morreram. Até ao fim da semana o governo, a câmara e entidades afins, vão tomar medidas duras e de grande alcance para a resolução do problema. Para o mês que vem ninguém se lembra e a festa continua. Já aqui falei deste problema. Todos os dias, repito, todos dias, percorro a pé várias ruas e avenidas de Lisboa. Ruas e avenidas importantes, muito frequentadas, a variadas e distintas horas e todos os dias, a todas as horas existem carros estacionados nas passadeiras, nos passeios em segunda ou terceira fila. Todos os dias, repito, todos os dias vejo - por vezes quase sinto - condutores passar calmamente, não só o vermelho que lhes diz respeito mas o próprio verde para peões. Todos os dias, a qualquer hora, e desafio quem quiser a fazer o exercício. Já vi um polícia estacionar um “veículo descaracterizado”, possivelmente o dele, numa passadeira, outro num lugar reservado a motas, tirando calmamente os apetrechos para ir trabalhar. Carros da polícia parados no meio do cruzamento, em cima dos passeios e até de um jardim. Diligentes patrulhadores do trânsito calmamente a multar gente mal estacionada, que não empatava ninguém, enquanto o Saldanha era um inferno de buzinas. Após um quase atropelamento de uma senhora idosa na Carlos da Maia, interpelei um agente gordo que detrás do seu bigode farfalhudo disse que cada um faz o deve fazer, enquanto pastoreava uns enfezados agentes da EMEL, numa rua secundária e sem trânsito. O objectivo não é enxovalhar a polícia, a quem tenho respeito genuíno, mas tão somente dizer que não é possível ter cidadãos respeitadores quando os exemplos são estes. Podemos ainda acrescentar as clássicas imagens dos variados ministros, secretários de estado, presidentes de câmara e companhia que se deslocam sem cinto de segurança, a velocidades excessivas com a maior desfaçatez. Já me insultaram, ignoraram e uma vez ameaçaram quando chamei a atenção para alguma asneira em progresso. Os piores insultos foram de uma mulher toda arreada num grande SUV que atirou o carro para cima da passadeira para parar três metros à frente presa no trânsito. Foi uma sorte ir com os meus filhos. E é certo que existe má sinalização, a localização de passadeiras (as que ainda têm tinta) é péssima, a irracionalidade da organização viária em algumas zonas é lamentável, existe gente que atravessa as ruas de qualquer forma, novos, velhos, com sacos ou com filhos. E tudo isto se agrava se andar de mota em Lisboa. Mas somos, e eu também sou, porque somos todos, muito rápidos a acusar os outros. É um instante enquanto passamos do selvagem que passa na passadeira a acelerar e a pedir desculpa aos peões (coisa que me deixa realmente fodido...), para o peão irado que insulta os condutores que não param e atravessa uma qualquer rua, em qualquer sítio a rebocar os filhos, as mochilas e os sacos do supermercado. É muito fácil clamar por acção, que falta; acusar as autoridades de inacção, que é muitas vezes verdade; exigir medidas, que fatalmente virão, custarão dinheiro e não resolverão nada; mas o que era mesmo bom era começar por termos atenção aos outros quando circulamos. Começar a ter atenção aos outros quando circulo...

Etiquetas:

sexta-feira, novembro 02, 2007

A preguiça contra-ataca

Vai, não vai, tenho cá uma vontade de fechar a loja...

Etiquetas: